12.5.22

Publicações periódicas activas em 04/05/2022

Distrito: Aveiro

N.º Registo: 127085

Data de inscrição: 01,02,2018

Titulo: Jornal de Albergaria

Periodicidade: Quinzenal

Diretor: Paulo Jonas Ferreira Simões

Proprietario: Paulo Jonas Ferreira Simões

Sede de Redação: R. Dr. Manuel Marques Lemos, 5 - B, R/c

Localidade: Albergaria-A-Velha

Codigo Postal: 3850-151

Concelho: Albergaria-a-Velha

Suporte: Papel/Online

Email Institucional: 

Site: https://www.jornaldealbergaria.pt

Conteúdo: Informação Geral

Âmbito Geográfico: Regional

Diretor Adjunto: 

Subdiretor: 

Editor: Resumo Próprio, Comunicação Unip., Lda.



Distrito: Aveiro

N.º Registo: 124642

Data de inscrição: 03.01.2005

Titulo: D'Angeja - Mensário Cultural e Informativo

Periodicidade: Mensal

Diretor: Maria Helena Vidinha Trindade

Proprietario: Associação Os Amigos do Jornal D'Angeja

Sede de Redação: R. António Castilho, 4

Localidade: Angeja

Codigo Postal: 3850-406 Angeja

Concelho: Albergaria-a-Velha

Suporte: Papel

Email Institucional: 

Site: 

Conteúdo: Informação Geral

Âmbito Geográfico: Regional

Diretor Adjunto: 

Subdiretor: 

Editor: Maria Helena Vidinha Trindade


(sem publicação permanente)


Distrito: Aveiro

N.º Registo: 102077

Data de inscrição: 15.05.1978

Titulo: Beira Vouga

Periodicidade: Quinzenal

Diretor: Lino Augusto Vinhal

Proprietario: Rádio Soberania - Empresa de Radiodifusão, Lda

Sede de Redação: R. da Torre, 17

Localidade: Sever do Vouga

Codigo Postal: 3740-264

Concelho: Sever do Vouga

Suporte: Papel/Online

Email Institucional: 

Site: www.beiravouga.pt

Conteúdo: Informação Geral

Âmbito Geográfico: Regional

Diretor Adjunto: 

Subdiretor: 

Editor: Rádio Soberania Empresa de Radiodifusão, Lda


(há duas edições - Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga)

ERC - PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

https://www.erc.pt/pt/listagem-registos-na-erc

16.3.18

Jornal de Albergaria


Tem data de 15 de Março de 2018 o nº1 do novo Jornal de Albergaria agora na sua 3ª série. Tem periodicidade quinzenal  e o director é Paulo Simões tendo Solange Ferreira como chefe de redação.

Jornal de Albergaria https://www.facebook.com/JornalDeAlbergaria Rua da Azerveira, n-2, Fracção X
3850-151 Albergaria-a-Velha
geral@jornaldealbergaria.pt

http://www.jornaldealbergaria.pt

Tel. 912 470 017


10.3.16

Jornais no Arquivo Municipal

Um exemplo de doação foi o de Jorge Figueiredo, neto do proprietário da Tipografia de Albergaria, de quem herdou uma colecção de 801 jornais da região do Vouga datados entre 1888 e 1945.



Este espólio encontra-se agora disponível para consulta do público em geral no Arquivo Municipal, que dispõe de um moderno equipamento de procura de documentação desenvolvido no âmbito do programa Sal-On Line.



Trata-se da digitalização dos documentos para uma melhor visualização e fácil utilização. A Câmara assegura que é um método simples de consulta, acessível a todos.



-- aquando da inauguração do Arquivo Municipal (AMA)



Jorge Manuel Arede Figueiredo, professor, doou diversos jornais locais antigos, muitos deles com mais de 100 anos (...)



-- no segundo Aniversário do AMA



Nota: José Figueiredo - Proprietário da Tipografia Vouga (mais tarde Tipografia de Albergaria) foi o grande responsável pela manutenção da imprensa periódica de Albergaria-a-Velha.


No dia do 6º aniversário, foram assinados protocolos com os seguintes munícipes/ entidades: Duarte de Jesus Machado (doação de um fascículo do Jornal de Albergaria); António José Marques Moreira Vinhas (cedência de direitos de uso de imagem de 29 fotografias e 7 postais antigos); Junta de Freguesia de Angeja (doação de 303 fascículos do jornal O Século); José António Valente Ferreira (depósito a 5 anos de 98 fascículos da revista Ilustração Portugueza); Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha (depósito de 84 fascículos do Jornal de Albergaria); Mário Jorge de Lemos Pinto (doação de dois fascículos do jornal Gazeta de Albergaria); Jorge Manuel Lemos Silva (doação de 5 fotografias do Castelo e Palacete da Boa Vista e uma fotografia da Igreja Matriz de Albergaria-a-Velha); Clube de Albergaria (depósito a 30 anos de 113 fascículos do jornal Beira Vouga); e Correio de Albergaria (doação de 40 fascículos do jornal Correio de Albergaria).


-- no sexto Aniversário do AMA


O Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha vai receber um conjunto de coleções de projetos, jornais, alguns já extintos, e partituras doadas por munícipes ou instituições do Concelho. Os protocolos de algumas doações foram assinados durante uma cerimónia que assinalou o sétimo aniversário daquele equipamento municipal.


(...)


Hélder Bastos Rodrigues da Silva doou uma coleção de jornais Beira Vouga, datados de 1962 a 1978, abrangendo o período revolucionário. Delfim Bismarck referiu que muitos destes exemplares são bastante raros e que esta doação preenche as falhas que ainda existem na coleção deste título Albergariense e Severense.


Por seu turno, Fausto Vidal, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, doou, em nome da instituição, uma coleção completa do Jornal de Albergaria, do período que vai de 1924 a 1968. "Vamos preencher algumas lacunas com esta coleção, que é muito rara".


Alguns jornais chegavam a ter só uma ou duas páginas e na maior parte das coleções conhecidas faltam essas edições. É para nós um motivo de grande orgulho ter as coleções das publicações de Albergaria-a-Velha quase todas completas”, referiu o Vice-Presidente da Câmara.


Foi igualmente doado o arquivo do jornal Arauto de Osseloa, por Rui Tavares. Trata-se de um título produzido nas décadas de 1970 e 1980, dirigido e editado por Vasco Mourisca, um jurista conhecido em Albergaria pela sua excentricidade e pelo seu interesse pelo Espiritismo.


-- no sétimo aniversário do AMA

1.3.16

Publicações Periódicas Activas - 2016


Lista das publicações periódicas activas
por distrito (na quarta-feira, 24 de Abril de 2013)



Distrito de Aveiro
Albergaria-a-Velha 



Título: Beira Vouga


N.º registo: 102077
Periodicidade: Quinzenal
Director: Maria Fernanda de Jesus Ferreira Lino Vinhal
Proprietário: Rádio Soberania - Empresa de Radiodifusão, Lda
Morada redacção: R. da Torre, 3
Localidade:
Código postal: 3740-264 Sever do Vouga.
Concelho: Sever do Vouga
País: Portugal
E-mail: beira.vouga@sapo.pt
Site: www.beiravouga.pt http://www.jornalbeiravouga.com
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Título: D'Angeja - Mensário Informativo e Cultural


N.º registo: 124642
Periodicidade: Mensal
Director: Maria Helena Vidinha Trindade
Proprietário: Associação Os Amigos do Jornal D'Angeja
Morada redacção: R. António Castilho
Localidade: Angeja
Código postal: 3850-406 Angeja
Concelho: Albergaria-a-Velha
País: Portugal
E-mail: d.angeja@mail.pt
Site:
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Título: Correio de Albergaria


N.º registo: 126254
Periodicidade: Quinzenal
Director: Delfim dos Santos Bismarck Alvares Ferreira Sara Vinga da Quinta
Proprietário: Tertúlia de Letras, Lda.
Morada redacção: Praça Ferreira Tavares, 1
Localidade:
Código postal: 3850-053 Albergaria-a-Velha
Concelho: Albergaria-a-Velha
País: Portugal
E-mail: correiodealbergaria@gmail.com
Site: http://www.correiodealbergaria.pt





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(inactivo deste 2011)



Título: Jornal de Albergaria
N.º registo: 116661
Periodicidade: Quinzenal
Director: Mário Jorge Lemos Pinto
Proprietário: Cooperativa de Comunicacao Social de Albergaria, C.R.L.
Morada redacção: Av. Bernardino M. Albuquerque, 9
Localidade:
Código postal: 3850-132 Albergaria-a-Velha
Concelho: Albergaria-a-Velha
País: Portugal
E-mail: jornal.albergaria@hotmail.com
Site: www.jornaldealbergaria.no.comunidades.net











1.2.16

O ARAUTO DE OSSELOA

Bib Aveiro
Empresa jornalística fundada por Vasco Lemos Mourisca, registada na Direcção Geral da Informação sob o n.º 41/133.


A Redacção e Administração de Vasco Lemos Mourisca, proprietário do Jornal, iniciou primeira publicação a 1972-11-16 com Vasco Lemos Mourisca como editor, director e proprietário.
A publicação periódica, o jornal "O Arauto de Osseloa" era impresso na Tipografia A Lusitania, na Rua do Sargento Clemente de Morais, em Aveiro, e tinha como suplemento mensal de divulgação jurídica a "Toga", em que colaboravam muitos advogados e magistrados.


Em Abril de 1983 é nomeado para o cargo de Director-Adjunto Ruy Mendes Tavares.
Ao fim 228 fascículos publicados (1984-12-01), a Redacção encerrou em com a morte de Vasco Lemos Mourisca em 1984-12-13, passando a propriedade do periódico para sua esposa Maria das Dôres Enes Corte Real de Lemos Mourisca.


A 30 de Maio de 1985, com o intuito de relançar o Jornal, o antigo Director-Adjunto Ruy Tavares adquire a empresa pela importância de 2000 escudos. Nesse ano, recebe os direitos de propriedade do periódico tendo-se inscrito como Empresa Jornalística em 1985-06-20 sob o n.º 210947, averbado ao periódico "O Arauto de Osseloa" com registo n.º 101881.


Ainda em 1985 tentou-se uma iniciativa de promoção para o relançamento do Jornal na sala de reuniões do salão dos Bombeiros, formando-se uma Comissão Promotora para esse efeito composta por José Homem Albuquerque Ferreira, Ruy Mendes Tavares e Orlando Bismarck Ferreira. No entanto, por falta de publicações, a inscrição da Empresa Jornalística seria cancelada em 1986-06-20, de acordo com o art.º 15 da Portaria n.º 640/76, de 26 de Outubro, ficando essa situação registada por carta de 20 de Julho de 1997 ao Instituto da Comunicação Social.


Arquivo Municipal


Jornal quinzenário com divulgação nacional. Incluía o suplemento jurídico "Toga". Nos últimos anos chegou-se a ponderar a mudança do nome do jornal uma vez que não era apenas um jornal local.




O Arauto de Osseloa era um caso sui-generis no panorama da imprensa regional, um bocado ao estilo do Jornal do Fundão do António Paulouro. Era um jornal regional, mas era também e porventura essencialmente, um farol de cultura. Pouco tempo sobreviveu à morte do seu director, um desalinhado dos cânones tradicionais da velha cultura lusitana, um intelectual e um artista de estéticas porventura consideradas algo extravagantes para o marasmo do meio naqueles anos, mas inegavelmente um homem de grande envergadura intelectual. Chamava-se Vasco de Lemos Mourisca e certamente em países que valorizam mais os seus vultos das letras seria alguém com lugar marcado na história. Tendo nascido em Portugal e atrevendo-se a desafiar a ordem vigente, foi alguém que só os conterrâneos e poucos mais recordam...



Leão Amarelo / CdC, 29/07/2010



O Espólio Piteira Santos do Centro de Documentação 25 de Abril (Universidade de Coimbra) inclui os seguintes exemplares: ARAUTO (O) DE OSSELOA. 1976: Ano 3, nº 64; 1982: Ano 8, nºs 177, 178, 181, 188, 189; 1984: Ano 9, nºs 216, 217



Mahomed Yiossuf Mohamed Adamgy era autor da secção "O Islamismo em Foco", nos anos de 1983/1984.


O advogado aguedense Manuel da Costa e Melo foi outro dos colaboradores:


Uns anos mais tarde o Vasco lançou o seu sonho tremendamente misto: o «Arauto de Osseloa», a que pretendeu dar um cunho original, ainda que com perda de certos pruridos libertários e anti-clericais (...)



in "Memórias cívicas, 1913-1983" - Manuel da Costa e Melo (1988)






Nº 1 - 16 de Novembro de 1972
Nº 228 - 1 de Janeiro de 1985 [ano 9]



prop. ed. e dir. Vasco de Lemos Mourisca


Nota: o dr. Vasco de Lemos Mourisca faleceu em Dezembro de 1984

18.12.15

A GAZETA


Aparece referenciado, conjuntamente com o Jornal de Albergaria, na "Grande enciclopédia portuguesa e brasileira", Vol. I, página 727.


A GAZETA – [1933-1934]




"Semanário republicano de Albergaria-a-Velha", denominação que manteve até ao n.° 46. Teve início a 2 de abril de 1933 e terminou a 23 de dezembro de 1934 com o n.º 66. José Figueiredo era o diretor, editor e proprietário da Tipografia Vouga onde era impresso o jornal. A partir do n.° 47, de 10 de junho de 1934, assume a categoria dos periódicos regionais, abandonando assim a anterior designação. O anterior formato era: 50x34, passando o novo para um tamanho mais reduzido, com maior n.º de páginas e melhoria artística com a aplicação de gravuras de estampa. Formato: 30,5x21,5


Fonte: AMA - Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha



20.9.15

2014 - Artigo sobre a imprensa local

A necessária missão da imprensa local


No dia 3 de Maio de 2014 participei, na qualidade de director do Jornal de Albergaria durante 18 anos (1993-2011), numa mesa redonda, realizada no âmbito da exposição comemorativa dos 150 Anos de Imprensa Local no Concelho de Albergaria, a decorrer na Biblioteca Municipal. A exposição é um acontecimento imperdível para os albergarienses, que poderão visitar os cabeçalhos e algumas páginas dos jornais que ao longo dos decénios aqui se foram publicando. É sobretudo uma oportunidade para, certamente com alguma surpresa, se verificar como era pujante a intervenção cívica dos cidadãos em épocas recuadas.


 Do muito que de importante foi dito nessa mesa redonda, e do longo rosário de dificuldades, em confronto com a profusão de títulos que já se publicaram, ficou a apreensão pelo futuro da imprensa local, e concretamente da imprensa local em Albergaria. No fim de contas, que futuro para a nossa imprensa local?


 Importa precisar que um jornal local não é um jornal que se “faz” e se vende numa localidade: ele é “local” em atenção ao seu específico conteúdo, predominantemente virado para os factos e pessoas da localidade que é o seu espaço físico e pessoal de observação.


JORNAL E PÚBLICO LEITOR


 A imprensa local pressupõe um binómio incindível: um jornal e um público leitor. Um jornal só existe se houver quem o leia; um público leitor só é leitor se tiver um jornal que lhe interesse ler.


 A questão que se coloca terá necessariamente de ser esta: o jornal local surge, porque já há um público para ele; ou o público será leitor, se houver um jornal local que o atraia?


 Antigamente, e apesar das elevadas taxas de analfabetismo, em qualquer localidade havia um público leitor para as notícias que lhe importavam mais de perto. A inexistência de outros meios de comunicação, a coesão das comunidades, a importância, elevada, que os pequenos/grandes acontecimentos significavam para as pessoas, a necessidade afectiva dos que emigravam de saberem das coisas da sua terra e dos seus, a pontificação de líderes de opinião (licenciados, professores, proprietários, comerciantes), políticos (os caciques) e não só, intervindo activamente nos assuntos comunitários – eram ingredientes óptimos para que os jornais locais surgissem e proliferassem.


 Havia, naturalmente, um público leitor propício a receber o jornal, a “consumir”. E os jornais surgiam, em épocas em que certamente até seria mais difícil conceber a sua existência, considerando a logística da sua composição tipográfica, as dificuldades de comunicação, a censura.


 Apesar dos avanços tecnológicos e da informática, hoje as coisas não são assim. São piores.
 Dada a frenética mobilidade populacional, com os caudais de pessoas que tão depressa vêm residir em Albergaria (e nas outras localidades é o mesmo), como daqui saem, as comunidades estão desestruturadas e desenraizadas. As pessoas estão cada vez mais de passagem, sem chegarem a criar laços afectivos profundos com uma localidade. Infelizmente, Albergaria derrapa perigosamente para ser uma localidade “de-onde-não-se-é”, ou seja, corre-se o risco de ser uma terra cujos habitantes estão de passagem, sem que alguma vez cheguem a criar raízes.


 Assim sendo (ou quando assim for), diminuirá, abaixo do mínimo de subsistência, o público que se interesse pela história de Albergaria, pelos seus antigos, pelas suas tradições ou costumes, pelos seus problemas, pelo seu quotidiano e, pior que isso, pelo seu futuro. E deixará de haver massa crítica que consuma e suporte um jornal local.


 O “FAZER-PARTE-DE”


Só que isso é muito perigoso. A desagregação comunitária é um risco imenso e de consequências graves. É, desde logo, a própria negação da sociabilidade, pois as pessoas vivem em comunidade, e é em comunidade que se efectiva a sua dimensão primordial de ser social, de ‘homo gregarius’, enquanto manifestação da própria dignidade da pessoa humana. Sem comunidade, sem a consciência de pertença a um grupo, a pessoa estiola intelectualmente e afectivamente. Acresce que a sua consciência de pertença, de “fazer-parte-de” é um pressuposto básico da própria democracia, como modo de governo da coisa pública, sobretudo na sua configuração mais exigente de democracia participativa, e portanto da sua realização enquanto ‘homo politicus’.


É por isso que a sociedade só se realiza plena e democraticamente desde que os seus elementos participem activamente no seu fluir histórico. Mas para participarem, é necessário que tenham a consciência de a integrar, de pertença.


 Ora, qualquer intenção de inclusão, de “fazer-parte-de”, fracassará se não houver o conhecimento do todo social, na sua dimensão histórica e fenomenológica. E aí a imprensa local desempenha um papel ingente, revelando o que foi, discutindo o que é, projectando o que será.


 É por esta ordem de razões que a subsistência da imprensa local é um desígnio de natureza pública, isto é, de interesse público, que não pode ser deixado ao alvedrio das regras de mercado, de ser ou não rentável ou sustentável. Deve ser apoiada pela sociedade politicamente organizada, porque (por paradoxal que seja) só assim a imprensa local será livre e cumprirá a sua função de “integrador comunitário”.


E portanto, ao contrário do que acontecia antigamente, em que era o público que fomentava os jornais locais, bem me parece que hoje o sentido tem de ser outro: é o jornal local que, com a sua qualidade, criará o público leitor, contribuindo positivamente para a coesão da comunidade. Mas para ter a necessária qualidade, o jornal tem de ser persistente, o que não é compatível com regras de mercado, de estreita e redutora contabilidade de receitas e despesas. Tem de ser apoiado, porque é do interesse público que se trata.


Mário Jorge Lemos Pinto, Correio de Albergaria, 14/05/2014
http://www.correiodealbergaria.pt/?p=1184